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COMO ELIMINAR O INCÔMODO À VIZINHANÇA COM A AVALIAÇÃO DE RUÍDO EXTERNO
Uma publicação recente da Organização Mundial da Saúde salienta que a poluição sonora, classificada em segundo lugar entre uma série de estressores ambientais por seu impacto na saúde pública e, contrariamente à tendência de outros estressores ambientais que estão em declínio, está realmente aumentando no Brasil e mais ainda na Europa.
O ruído é conhecido por impactos auditivos e não auditivos sobre a saúde. O ruído ambiental causa efeitos psicológicos e fisiológicos não auditivos sobre a saúde e a evidência dos efeitos não auditivos está crescendo. Especificamente, o tráfego rodoviário é considerado a principal fonte de poluição sonora da comunidade. Os efeitos não auditivos mais importantes do ruído do tráfego são o aborrecimento e o distúrbio do sono. O aborrecimento é um sentimento de desagrado que pode resultar em emoções adversas, incluindo irritabilidade, estresse, medo e até depressão; está associado à qualidade de vida relacionada à saúde.
A exposição noturna ao ruído influencia diretamente o distúrbio do sono causando motilidade (capacidade que certos órgãos apresentam de realizar movimentos autônomos) do corpo, mudanças no estágio do sono, latência retardada do início do sono e despertares noturnos. Os distúrbios do sono podem levar a sérios efeitos a longo prazo sobre a saúde e há evidências crescentes de estudos epidemiológicos que indicam a exposição ao ruído a longo prazo leva a doenças cardiovasculares, obesidade ou diabetes.
Cada vez mais a torna-se importante a realização da avaliação de ruído externo e a implantação das medidas mitigadoras no sentido de reduzir este incomodo e proporcionar o bem estar da população expostas.
A avaliação de ruído externo é uma maneira de avaliar o nível de pressão sonora que está ocorrendo em certo lugar, externamente e se este ruído está acima dos valores estabelecidos em lei.
Externamente significa fora dos limites da fonte geradora da pressão sonora, podendo ser interno ou externo à unidade industrial, ou seja, lá qual for o local a ser estudado.
Com o resultado obtido na avaliação de ruído externo comparado aos critérios de conforto acústico previstos na norma brasileira NBR 10.151 “Avaliação de Ruído em Áreas Habitadas visando o Conforto da Comunidade”, a GR Engenharia – meio ambiente projeta sistema capazes de eliminar ou reduzir a níveis aceitáveis as emissões destas pressões sonoras.
Esta avaliação de ruído externo se aplica em casos que se pretende conhecer o grau de perturbação ou incômodo tanto para a população ou para próprio ambiente interno que uma fonte de ruído está causando e serve também de subsídios para a GR engenharia projetar equipamentos que reduzam estes ruídos não desejados.
Existem várias técnicas, normas e procedimento para realizar a avaliação de ruído externo. A seguir apresentamos a mais representativa, ou seja, a avaliação de ruído externo mais comum realizada em unidades industriais.
Normalmente as fábricas trabalham 24 h/dia em regime de 3 turnos. As medições dos níveis de pressão sonora, para a avaliação de ruído externo, junto aos pontos de controle deverão ser realizadas nos períodos diurno e noturno (após às 22:00 h), com a planta operando normalmente. Os instrumentais a serem utilizados na avaliação de ruído externo compreendem:
- Analisador sonoro em tempo real, tipo I, digital, com filtro de oitavas de freqüência embutido, microfone de 1/4", capacidade de integração, memória para armazenamento dos dados, modelo SVAN 943 fabricante Svantek, procedência polonesa;
- Analisador sonoro em tempo real, tipo I, digital, com filtro de oitavas e terços de oitavas de freqüência embutido, microfone de 1/2", capacidade de integração, memória para armazenamento dos dados, modelo 831 fabricante Larson Davis, procedência norte-americana;
- Os instrumentos serão calibrados, de acordo com instruções do fabricante, antes e após as medições, apresentando o nível de 114 dBA ou 114 dB em 1 kHz; o medidor, microfone e calibrador dos analisadores possuem Certificado de Calibração emitido pela Total Safety (RBC) em setembro / 2012 (válido por 2 anos);
- Capacidade de leitura dos medidores: nível equivalente (Leq), níveis máximo (Lmax), mínimo (Lmin), de pico (Lpeak), análise estatística (L10, L50, L90 = ruído de fundo), plot de eventos (variação do ruído com o tempo), espectro sonoro (níveis de ruído por faixas de oitavas de freqüência), etc.
- Os dados são todos armazenados na memória do medidor e posteriormente analisados no computador, por meio de software e interface específicos.
Obs.: No dia e na noite das medições, as condições climáticas deverão ser favoráveis, ou seja, tempo seco e ventos fracos e a fábrica deverá estar trabalhando com produção normal para a realização da avaliação de ruído externo.
As leituras serão feitas em nível equivalente de ruído (Leq), que representa um valor constante, de igual energia sonora ao ocorrido durante o período de observação, ajustado em 5 minutos/ponto, o que representa a captação de 300 eventos – já que o analisador registra 1 evento/segundo; esse tempo é suficiente para captar eventuais flutuações do ruído.
Serão lidos os valores globais dB(A) / dB(C) e níveis dBA por faixas de freqüência entre 31,5 Hz e 8.000 Hz (espectros sonoros). Serão apresentados os plots das leituras: variação do nível de ruído ao longo do tempo de amostragem. Desta forma, conseguimos concluir o trabalho de avaliação de ruído externo.